A talassemia também conhecida como anemia de Cooley(primeiro médico que descreveu a doença em 1925), é
uma doença hereditária autossômica
recessiva que
afeta o sangue. Na talassemia, o
defeito genético resulta na redução da taxa de síntese de
uma das cadeias de globina que formam a hemoglobina. A redução da síntese de uma das cadeias de globina pode
causar a formação de moléculas de hemoglobina anormal, causando anemia - sintoma característico de apresentação
da talassemia.
Caracteriza-se
por uma anemia leve ou severa, decorrente da
hemoglobina reduzida e menor quantidade de eritrócitos(células
vermelhas) do que o normal. Em indivíduos portadores da talassemia, os genes
que codificam a hemoglobina(proteína dos
eritrócitos que carregam o oxigênio) estão faltando ou são diferentes.
Existem
dois tipos de talassemia:
- α-talassemia: quando o defeito genético está na cadeia α da hemoglobina.
- β-talassemia: quando o defeito genético está na cadeia β da hemoglobina.
- Talassemias maiores: esse quadro é mais raro, a anemia é severa, iniciando-se nos primeiros meses de vida do indivíduo, acompanhada de icterícia, deformidades ósseas e esplenomegalia.
- Talassemias menores: há a presença de discreta anemia, com a qual o indivíduo pode conviver normalmente, sendo que algumas vezes nem anemia existe.
Por
ser uma doença hereditária, é transmitida de geração para geração. O quadro
clínico apresentado por indivíduos portadores desses genes é muito variável,
dependendo da carga genética, se homozigótica ou heterozigótica.
Simplificadamente pode-se dividir em dois quadros clínicos completamente
distintos:
Na
talassemia menor, a suspeita é levantada quando se realiza a investigação
de uma discreta anemia em um indivíduo. No caso da talassemia maior, o
diagnóstico é feito já nos primeiros meses de vida, em consequência da grave
anemia. Em ambas as formas, exames laboratoriais que estudam a hemoglobina
sanguínea, como a cromatografia da hemoglobina, em associação com as
formas da hemácia fazem o diagnóstico.
Na
maioria das vezes, a talassemia menor não necessita de tratamento. Entretanto,
em certas situações, como gravidez, recomenda-se a suplementação de ácido fólico na dieta. É importante evitar a
ingestão de sais de ferro, uma vez que a talassemia está associada a uma maior
absorção de ferro da dieta. Essa ingestão excessiva pode resultar em exacerbado
acúmulo de ferro.
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